O varejo têxtil poderá utilizar o Cartão
BNDES para a compra de vestuário fabricado no Brasil, o que poderá movimentar
R$ 2 bilhões em vendas iniciais da confecção. Os compradores terão
financiamento de até 48 meses e as confecções receberão à vista em cerca de 30
dias. A medida resulta da colaboração técnica entre a Abit e o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As regras para utilização são
as mesmas que já valem para outros produtos cadastrados no site.
Neste primeiro momento, em função da
capacidade operacional do BNDES, serão oito mil confecções que poderão
aderir a este financiamento e vender suas peças ao varejo, pertencentes aos
subsetores que confeccionam meias, malharia, tricotagem e moda íntima.
Paulatinamente, outros segmentos da confecção serão atendidos, contudo, já
podem entrar no site e se cadastrar para obter o Cartão. Para
detalhar as informações e sanar dúvidas, a equipe técnica do Banco irá
ministrar palestras para os empresários em parceria com a Abit, tendo já realizado
um encontro em São Paulo.
Para o presidente da Abit, Fernando Pimentel,
“a medida é importante, pois é mais um instrumento de crédito para as empresas,
num período em que esses recursos estão restritos e com custos elevados. Isso
ajudará a aumentar a competitividade do setor e favorece a evolução dos
negócios”.
Como funciona? - As confecções já podem
solicitar o credenciamento como fabricantes no Cartão BNDES. Devem ter
classificação específica de cada segmento (meias: CNAE 1421500, malharia e
tricotagem: CNAE 1422300, moda íntima: CNAE’S 1411801 e 1411802) e data de
constituição maior do que dois anos no CNPJ. Após a validação do BNDES, deverão
afiliar-se a pelo menos uma empresa adquirente (Cabal, Cielo ou Rede) e
cadastrar seus produtos, que também deverão passar pela análise do BNDES. Os
varejistas interessados em obter esses itens podem solicitar o Cartão BNDES
pelo próprio site do produto.
Fonte: Abit