segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fenim terá edição inédita no Norte-Nordeste em 2013


Karen Viscardi, de Gramado

Atento ao mercado do Nordeste e do Norte do Brasil, que vem crescendo a taxas superiores às do restante do País, a Fenim desembarca, entre 28 e 31 de maio de 2013, no Pavilhão de Feiras e Eventos de Fortaleza (CE). Será a Fenim Primavera-Verão Nordeste, com previsão de cerca de 400 expositores.

Dados da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do mês de abril, corroboram a expansão da região. Os quatro estados com maior alta do volume de vendas são do Norte: Roraima (24%), Amapá (15,7%), Acre (13%) e Tocantins (13%). O Nordeste também foi destaque e registrou média acima da nacional, que ficou em 6%: Ceará (8,8%), Bahia (7,9%), Pernambuco (6,8%) e Alagoas (6,1%). A comparação é em relação ao mês de abril de 2011.

“É o mercado que mais cresce”, avalia o sócio-diretor da Expovest, Julio Viana, que coordena a Fenim. “Lá estão as maiores organizações, é para lá que as redes de fora estão abrindo novas lojas, e há redes locais grandes e consolidadas, ou seja, é um mercado fantástico.” A ideia da Expovest é atrair compradores do Norte e Nordeste, que vêm em menor número para a edição no Rio Grande do Sul em função da longa distância.

De acordo com o empresário, a mostra no Nordeste será nos mesmos moldes das duas edições que acontecem no Rio Grande do Sul, ou seja, com os lojistas cadastrados tendo cortesia de estada nos hotéis da região. E garante que a feira nordestina não concorrerá com a de Gramado. “São regiões diferentes. Não há espaço para feiras nacionais, mas para feiras regionais fortes”, afirma, explicando que não há eventos de negócios na área de confecção na região, abrindo um filão para a Fenim.


H. Nautica com sotaque paranaense

A H. Nautica, marca de confecção masculina criada há dois anos pela Homem Company, ficou grande demais para a estrutura da empresa gaúcha. Foi vendida por valor não revelado para a Luiz Eugênio, fábrica de camisas, de Francisco Beltrão, no Paraná e já começa sua expansão. De uma média de 10 mil peças/mês, a meta é chegar a 50 mil peças/mês em dois anos. No mesmo período, o objetivo é quadruplicar os atuais 300 pontos de venda, chegando a 1.200 lojas no Brasil. Fôlego e canais de vendas a Luiz Eugênio tem.

Com uma produção de 70 mil peças/mês e quase 500 funcionários, conta com três unidades fabris, uma sendo finalizada justamente para produzir as peças  H Nautica. Rudimar Flores, gestor da empresa e um de seus idealizadores, continua no comando do projeto. “Havia uma demanda para a marca, por isso a venda, e a Luiz Eugênio tem como atender a essa necessidade de expansão.”

Atualmente, a H Nautica trabalha em parcerias com grandes lojistas das capitais. Em Porto Alegre, a exclusividade é da Homem Company. Atuando mais fortemente no Rio Grande do Sul, interior de São Paulo, Minas Gerais e Centro-Oeste, a partir da mudança de comando, começou a expandir para o Paraná. Para a Luiz Eugênio, a aquisição traz maior visibilidade e troca de know-how. “A partir da H. Nautica, a empresa passou a desenvolver fios, tecidos, e a trabalhar com mais exigência em relação ao produto, dando mais atenção aos detalhes, às embalagens. Além disso, está reduzindo a produção através do sistema private label (com marca de terceiros)”, destaca Flores. Com esse foco maior na qualidade, reduziu o volume de produção.


Fonte: Jornal do Comércio/Porto Alegre