Relatório do programa fitossanitário da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul) divulgado na semana passada aponta uma grande preocupação da equipe técnica da entidade com o avanço no Estado de uma das principais pragas da cultura, o bicudo.
De
acordo com o relatório, a situação é preocupante principalmente na região dos
municípios de Costa Rica e Alcinópolis. Nestas áreas, conforme o documento, os
níveis de incidência da praga são "extremamente altos", forçando os
produtores a fazer constantes aplicações de defensivos agrícolas para fazer seu
controle.
Mesmo
com aplicações semanais dos produtos, a equipe técnica da Ampasul aponta que a
infestação do bicudo não vem diminuindo e aponta que isso vem ocorrendo devido
a elevada incidência e a reprodução do inseto até mesmo em "plantas
involuntárias" em meio às plantações de soja.
Por
fim, o relatório aponta que esse difícil controle da praga, é um indicativo de
que os produtores devem realizar a destruição total da soqueira após a colheita
e respeitar o período de vazio sanitário estipulado pela Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), para que não enfrentem o mesmo
problema na próxima safra, tornando praticamente inviável o cultivo do algodão
na região.
Em Mato
Grosso do Sul, a área plantada com algodão no ciclo 2012/2013 caiu 36% frente
ao ciclo 2011/2012, de 62 mil hectares para 39,7 mil hectares, de acordo com o
levantamento divulgado em abril pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab). Essa redução vai refletir no volume de produção, que deve cair 27,4%
na comparação entre os dois ciclos, de 219,8 mil toneladas para 159,6 mil
toneladas.
Fonte: Portal Agro Debate