A
Paraíba foi destaque no primeiro dia do Rio +20, quando a presidente Dilma
Rousseff apresentou para o mundo, o nosso algodão colorido. Esta foi a primeira
atividade dela no evento.
O
algodão colorido produzido pela Embrapa está exposto no Pavilhão Brasil, junto
como programa Minha Casa Minha Vida.
Dilma
considerou o espaço uma oportunidade de mostrar um pouco do que o país tem
feito pelo desenvolvimento sustentável ao longo dos anos. Ela afirmou que a
sustentabilidade é um dos eixos centrais da concepção de desenvolvimento
brasileira. Somos a favor de uma transformação que combine três critérios:
incluir, conservar e crescer, enfatizou.
Pavilhão Brasil
O
Pavilhão Brasil foi idealizado sob uma concepção sustentável. Ele foi
construído com contêineres reaproveitáveis, reunidos em torno de uma arena
central com quatro arquibancadas para um total de 120 pessoas. Nessa estrutura,
está a mostra multimídia que inclui vídeos e instalações interativas. Reunindo
destaques da evolução do desenvolvimento sustentável no Brasil desde a
Conferência Rio-92 e apontando desafios para os próximos anos.
Ele
tem área de 4 mil m2 e abriga exposição multimídia sobre programas e projetos
de ministérios e órgãos de governo. Nele, também haverá atividades como
palestras e debates.
A
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
será a responsável pelo planejamento e execução das atividades do Pavilhão Brasil,
que funcionará de 13 a 24 de junho.
Algodão colorido
Uma
pesquisa realizada desde os anos 80 pela Embrapa resultou no que hoje é
conhecido como algodão colorido, que cresce na Paraíba desde o fim dos anos 90.
Ele leva esse nome por causa da mistura genética que faz com que as sementes deem
frutos com quatro tipos de coloração natural – verde, marrom, off white e rubi
– que possibilitam um produto final que passa longe dos processos químicos e
poluentes de tingimento.
O
algodão colorido não é novidade: incas, paquistaneses e egípcios conheciam
técnicas pra produzi-lo por volta de 2.500 a.C., mas a fibra era muito frágil
pra aguentar o tecimento dos fios. Com o aprimoramento da mistura de genes de
diversos tipos de algodoeiros, hoje é possível fazer com o algodão colorido
tudo o que se pode fazer com esse tipo de fibra, com a vantagem de pular o
tingimento, uma das piores etapas da produção têxtil pro meio ambiente.
Fonte: Folha do Sertão