Fonte: CACB
A variação da inflação no ano passado ficou em 6,5%, de acordo com
levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgado nesta sexta-feira (6). O percentual do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) apurado em 2011 é o maior desde 2004 e fechou no
teto da meta fixado pelo Banco Central para o ano. O índice ultrapassou
a variação registrada em 2010, que teve taxa de 5,91%. Já o mês de
dezembro apresentou inflação de 0,5%, um pouco abaixo do valor de
novembro (0,52%).
A maior parte dos grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE
teve alta na inflação em relação a 2010 com destaque para transportes
que passou de 2,41% para 6,05%. Ano passado, as despesas com transporte
pesaram mais no bolso do consumidor que sentiu o aumento de itens que
pesam no orçamento, como passagens áreas e etanol.
Apesar dos preços de alimentação e bebidas terem crescido menos (passou
de 10,39% para 7,18%), este foi o grupo que exerceu o maior impacto no
ano. Responsáveis por 23,46% do orçamento das famílias, o grupo se
apropriou de 1,69 ponto percentual do índice, o que representa 26% do
IPCA. Isto se deve à forte pressão dos alimentos consumidos fora do
domicílio, cujos preços subiram 10,49% em 2011, seguindo a alta de 9,81%
de 2010.
Outros itens também continuaram subindo, como os serviços bancários (de
–1,55% em 2010 para 12,46% em 2011), manicure (de 8,32% para 11,29%) e
cabeleireiro (de 8,16% para 9,88%), o que levou as despesas pessoais a
8,61%, maior variação de grupo, acima dos 7,37% do ano anterior.
Os colégios, cujas mensalidades haviam aumentado 6,64% em 2010,
chegaram a 8,09% em 2011. Com os cursos diversos (idioma, informática,
etc.) atingindo 10,52%, também acima de 2010 (7,01%), o grupo educação
fechou o ano com 8,06%, acima dos 6,22% do ano anterior.
O consumidor passou a pagar mais caro, também, pelo aluguel
residencial, que fechou 2011 em 11,01%, após ter aumentado 7,42% no ano
anterior. Com isto, as despesas com habitação foram de 5,00% em 2010
para 6,75% em 2011. As despesas com artigos de residência, de 3,53% em
2010 para zero em 2011, e comunicação, de 0,88% para 1,52%, apresentaram
os mais baixos resultados no ano.
Quanto às regiões metropolitanas pesquisadas, o maior resultado ocorreu
em Curitiba (7,13%) em virtude do aumento nos preços da alimentação
fora do domicílio, que chegou a 16,20%. Belém ficou com o menor índice
(4,74%) em função do grupo alimentação e bebidas, com 5,59%, e dos
preços do gás de botijão, que ficou 9,19% mais barato.
Acesse os dados completos da pesquisa do IPCA de 2011: