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Moda precisa mudar. E aos poucos, designers, mídia, indústria e consumidores
estão começando a entender que beleza não é e nem pode ser padronizada.
Durante muito tempo fomos acostumados a ver nas passarelas e
publicidades apenas modelos de um certo biotipo (leia-se altos e magros). Não
que isso não aconteça mais. Mas o que temos visto recentemente, é uma tentativa
de uma aceitação maior em um mercado que sempre foi muito restrito e fechado a
qualquer padrão de beleza que desafiasse a norma.
Isso
se deve ao fato de que as pessoas estão se conscientizando do quão importante é
aceitar seu corpo e exigindo assim uma moda mais acessível para todos. “Acho
que hoje temos mais espaço do que sempre tivemos. Mas não acho ainda o
suficiente e necessário. Alguns insistem em usar o Plus Size como cota, fazendo
a linha do politicamente correto para ganhar visibilidade.”, afirma a modelo e
blogueira Danielle Rudz, parceira da Agência das Estrelas.
São iniciativas como a do designer Christian Siriano que precisamos ver cada vez mais. Para sua apresentação de Fall 2017 para a semana de Moda de NY em fevereiro, ele fez um desfile inclusivo com mulheres de corpos de diferentes tipos e tamanhos. No casting você podia ver veteranas como Karolina Kurkova e Alek Wek ao lado de fresh-faces e modelos promissoras.
2017 também foi um marco, porque pela primeira vez uma modelo plus-size foi a capa da revista VOGUE. A modelo Ashley Graham, que anda numa onda de sucesso, foi escolhida para a edição Britânica de janeiro da revista. Além disso, ela também foi a primeira modelo plus-size a ser escolhida para a capa do Swimsuit Issue da Sports Illustrated e da Maxim.
Para
a modelo Daisy Silva esse é um mercado em expansão e extremamente promissor.
“Venho acompanhando esse mercado há pouco tempo, cerca de 6 anos como
consumidora, e como modelo há 2 anos. Posso dizer que houve sim um grande
avanço no espaço que as modelos plus size alcançaram. Já recebi muitas
mensagens de mulheres que dizem que através de uma foto minha no meu manequim
52 se sentiram representadas. Elevaram a autoestima e essa é a maior recompensa
do meu trabalho…saber que a cada dia estou quebrando padrões”, diz.
Fonte:
Textile Industry