O
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) publicou uma
série de dicas para orientar empresários a passar pela crise econômica do país
sem grandes problemas. Segundo Wander César de Emilio, analista e consultor da
Unidade de Desenvolvimento Empresarial do Sebrae MT, crises são positivas para
que empresários saiam da zona de conforto e apostem mais alto em suas
capacidades e habilidades.
A
arte de fazer contas: este é o atributo básico do bom empresário. Para ser
bem-sucedido, é preciso ser minucioso no levantamento de custos e despesas,
saber colocar preços em produtos e serviços, estar ciente sobre lucros e
faturamento de seu empreendimento e gostar de matemática.
Números
são a bússola principal dos negócios. A partir de operações simples como soma e
subtração, basicamente, mede-se a saúde da empresa e os passos que podem ser
dados para crescer, inovar e se diferenciar no mercado. Os números não mentem e
também podem indicar cautela. O bom empresário só decide, depois de ver os resultados
das contas.
Mar revolto
Quando
o cenário econômico está instável, a matemática se torna questão de
sobrevivência. No cenário de mar revolto, reduzir custos é a palavra de
ordem. Todos os tipos de despesas e custos (aluguel, energia, telefone,
recursos humanos, taxas, tributos, insumos, etc) devem ser milimetricamente
monitorados. Cortar desperdícios e evitar despesas desnecessárias são as
primeiras providências a serem tomadas para enfrentar as turbulências.
“O
empresário brasileiro desenvolveu muitas habilidades, no passado, quando tinha
de lidar com altos índices de inflação e mercado instáveis”, lembra Wander
César de Emilio. Nos últimos anos, com a estabilidade da economia, os
empresários podem ter se acomodado, segundo ele. “Está na hora de voltarmos a
ser criativos, ter jogo de cintura, como nos tempos difíceis”, sugere.
“Está
na hora de o empresário brasileiro voltar a driblar as instabilidades da
economia com a mesma ginga que teve no passado. Ou será que perdemos a nossa
característica, mundialmente reconhecida, de criatividade e habilidade em
navegar em mares turbulentos?”, desafia o analista.
Questões básicas
Neste
momento, donos de pequenos negócios precisam estar atentos para fazer ajustes e
correções de rota. Wander utiliza a metáfora do barco no mar para ilustrar o
cenário atual. Ele indica algumas perguntas básicas, por onde começar para
corrigir, se necessário, a trajetória do barco:
- Como está conduzindo seu negócio?
- Você tem todas as informações que precisa em seu painel de bordo para tomar decisões?
- Sabe aonde quer chegar?
- Conta com recursos disponíveis para realizar as manobras necessárias para lidar com as ondas?
Algumas dicas
- Buscar conhecimento e informação é uma necessidade constante, que em tempos desafiantes se torna imprescindível.
- Conheça e controle seu fluxo de caixa (saiba como ele se comportou e como vai se comportar pode evitar aborrecimentos e pagamento de juros)
- A base de uma boa decisão é a informação, seja obsessivo com o monitoramento das informações de seu negócio;
- Cuidado com o estoque (se por um lado a falta de mercadoria provoca perda de vendas, por outro, o excesso pode levar a problemas de caixa, uma vez que a empresa terá que pagar os fornecedores sem ter vendido o produto)
- Estoque parado é igual a dinheiro parado;
- Atenção com a inadimplência; incentive formas de recebimento mais seguras (dinheiro e cartões)
- Selecione bem seus clientes; pior que não vender é vender e não receber;
- INOVE: faça algo diferente para obter resultados diferentes (se fizer igual ao que está no mercado, vai obter os mesmos resultados)
- Não se compare à maioria, pois infelizmente a maioria não é modelo de sucesso.
- Ouça muito o que o cliente está falando;
- Peça opinião de seus colaboradores;
- Pesquise o mercado com seus fornecedores;
- Leia e observe tendências de mercado;
- Busque motivação para colocar inovação em sua empresa
- Comece a ser inovador com atitudes simples e com recursos que já possui.
- Com informações da Agência Sebrae
Fonte: MPE Brasil