Se nada é
mais poderoso do que uma ideia cuja hora chegou, como ensina a frase atribuída
ao dramaturgo Victor Hugo (1802-1895), vale a pena saber quais são as
informações que estão para conquistar o mercado.
Estar com
a ideia do momento na cabeça e abandonar o que não funciona mais é uma vantagem
competitiva para um pequeno empresário.
Em 2014,
as eleições e a Copa certamente vão influenciar a maneira como serão feitos
negócios — para o mal e para o bem. Seja trazendo dúvidas ao investidor que vai
escolher um novo negócio no qual quer apostar, seja trazendo mais clientes para
um hotel.
Veja
algumas das ideias cujas horas estão próximas.
INVESTIMENTO
Há de vir
O ano é
de incerteza: as eleições fazem com que o dinheiro do governo seja mais escasso
—deve haver menos editais de fomento às start-ups. O investidor privado também
deve ficar mais receoso, segundo Bruno Rondani, do concurso Desafio Brasil, da
FGV. Captar novos recursos nesse cenário será tarefa árdua.
É passado
A
presença de fundos estrangeiros interessados em novas empresas não deve ser
como nos últimos anos.
VAREJO
Há de vir
A Copa
será positiva para o varejo brasileiro em 2014, na análise de Nuno Fouto, do
Programa de Administração do Varejo da FIA. O evento será "o embrião para
novos negócios".
É passado
Para as
concessionárias: incentivada nos últimos anos pela redução de impostos pelo
governo, a venda de automóveis, na previsão de Fouto, deverá cair
consideravelmente já no primeiro trimestre do ano.
INDÚSTRIA
Há de vir
Irá
melhor quem investir em nichos.
"Não
dá para massificar. O ideal é alcançar públicos específicos com produtos de
alta qualidade", diz Jouseth Couri, do sindicato da pequena indústria.
É passado
Para
Fábio Silveira, da consultoria GO Associados, indústrias que usam mão de obra
intensiva tendem a perder competitividade para as mais tecnológicas
LEGISLAÇÃO
Há de vir
O STF irá
decidir se as empresas podem fazer doações à campanhas políticas. Para Paulo
Feldman, da Fecomercio-SP, os projetos e pedidos que as pequenas empresas
enviam aos parlamentares não são aceitos "porque quem contribui com as
campanhas são grandes corporações".
É passado
A lei que
define o teto de faturamento para enquadramento no Simples precisa ser revista.
SERVIÇOS
Há de vir
Os
serviços não tiveram grande crescimento em 2013. Mas dentro do setor há áreas
que podem ir bem, como transportes e hotelaria. "Esses serviços foram
beneficiados não só pela Copa, mas também pelo fortalecimento da classe
média", diz o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
É passado
Empresas
que oferecem capacitação profissional e apoio operacional devem crescer menos,
pois já se expandiram em preparação para a Copa, diz o Sebrae.
Fonte: Folha de São Paulo