O
setor têxtil e de confecção fechou o ano de 2013 com mais um déficit recorde no
saldo de sua balança comercial, o oitavo consecutivo. A produção física, que
teve vários picos positivos e negativos ao longo do ano passado, alcançou o
índice negativo de -1,82% para as matérias-primas e de -2,43% na produção de
vestuário, de janeiro a novembro/13.
Neste
ano, além da pressão dos importados asiáticos e da pesada carga tributária, o
setor, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
(Abit), enfrentará outras variáveis internas que dificultam o aumento da
produção e dos investimentos, porque diminuem a confiança do empresário. Estão
nessa lista os gastos públicos que ainda crescem acima do PIB, foco
inflacionário resistente, juros crescendo novamente, varejo perdendo fôlego,
crescimento pífio da indústria de transformação, dentre outros. “Só uma mudança
efetiva no rumo da economia poderia alterar esse quadro. O ano é de eleição, e
de Copa, o que torna essa mudança difícil, mas não impossível”, declara Rafael
Cervone Netto, presidente da Abit.
Comércio Exterior
As
importações de têxteis e confeccionados em 2013 cresceram, em valor (US$),
2,4%, as exportações caíram 1,4%, enquanto o crescimento do déficit na Balança
Comercial foi de 3,4% em relação ao mesmo período de 2012 (dados sem fibra de
algodão).
As
importações somente de vestuário em 2013 apresentaram aumento de 9,1%, em valor
comparativamente com o mesmo período em 2012 (US$ 2,375 milhões contra US$
2,177 milhões em 2012), em toneladas essa variação foi de 6,4% (122.631
toneladas contra 115.299 toneladas em 2012). As importações chinesas
representaram 52% do total das importações (US$ 3,517 milhões) e 62% do total
de vestuário importado (US$ 1,473 milhão).
Ranking dos países
que vendem para o Brasil (importações): China, Índia, Indonésia, Estados Unidos,
Taiwan, Bangladesh, Coreia do Sul, Argentina, Turquia, Vietnã, nesta ordem.
Fonte: Portogente