quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Reciclagem têxtil reduz efeito de estufa

 

Um novo relatório sustenta que o vestuário e têxteis reciclados são uma das formas mais importantes de reduzir os gases com efeito de estufa – no entanto apenas 15% dos resíduos são inseridos em programas de reutilização e reciclagem. A investigação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA quer ver o vestuário e os têxteis a tornar-se «quase automaticamente recicláveis», como já acontece com o alumínio, plástico, vidro e papel.

No seu relatório “Municipal Solid Waste Generation, Recycling and Disposal in the United States: Facts and Figues for 2011”, a reciclagem de vestuário tem um impacto equivalente a remover um milhão de automóveis das estradas – mais de quatro vezes o impacto da reciclagem de vidro.

A Agência também destaca que 2 milhões de toneladas de vestuário são anualmente recicladas, em comparação com 19,3 milhões de toneladas de resíduos de jardinagem, 3.17 milhões de toneladas de vidro, 2,65 milhões de toneladas de plástico e 0,72 milhões de toneladas de alumínio.

“Atualmente estamos apenas a redirecionar 15% do vestuário e têxteis dos aterros municipais para programas de reutilização e reciclagem”, indica o presidente da Secondary Materials and Recycled Textiles Association, Lou Buty. “Os governos locais têm de capitalizar o impacto ambiental positivo dos programas de reciclagem de vestuário, não só porque tem efeitos na emissão de gases com efeito de estufa como também porque pode alargar o ciclo de vida dos aterros.”

A mensagem que o público precisa de ouvir em relação ao vestuário e têxteis-lar é “doe, recicle, não deite fora”», acrescenta. Buty referiu que a Agência de Proteção Ambiental estima que 6,5% dos materiais que vão para aterros ou incineradoras municipais são produtos têxteis e de vestuário que podiam ser reciclados.

Fonte: Portugal Têxtil