Um novo relatório sustenta que o vestuário e têxteis reciclados são uma das formas mais importantes de reduzir os gases com efeito de estufa – no entanto apenas 15% dos resíduos são inseridos em programas de reutilização e reciclagem. A investigação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA quer ver o vestuário e os têxteis a tornar-se «quase automaticamente recicláveis», como já acontece com o alumínio, plástico, vidro e papel.
No seu
relatório “Municipal Solid Waste Generation, Recycling and Disposal in the
United States: Facts and Figues for 2011”, a reciclagem de vestuário tem um
impacto equivalente a remover um milhão de automóveis das estradas – mais de
quatro vezes o impacto da reciclagem de vidro.
A
Agência também destaca que 2 milhões de toneladas de vestuário são anualmente
recicladas, em comparação com 19,3 milhões de toneladas de resíduos de
jardinagem, 3.17 milhões de toneladas de vidro, 2,65 milhões de toneladas de
plástico e 0,72 milhões de toneladas de alumínio.
“Atualmente
estamos apenas a redirecionar 15% do vestuário e têxteis dos aterros municipais
para programas de reutilização e reciclagem”, indica o presidente da Secondary
Materials and Recycled Textiles Association, Lou Buty. “Os governos locais têm
de capitalizar o impacto ambiental positivo dos programas de reciclagem de
vestuário, não só porque tem efeitos na emissão de gases com efeito de estufa
como também porque pode alargar o ciclo de vida dos aterros.”
A
mensagem que o público precisa de ouvir em relação ao vestuário e têxteis-lar é
“doe, recicle, não deite fora”», acrescenta. Buty referiu que a Agência de
Proteção Ambiental estima que 6,5% dos materiais que vão para aterros ou
incineradoras municipais são produtos têxteis e de vestuário que podiam ser reciclados.
Fonte: Portugal Têxtil