sábado, 14 de setembro de 2013

Congresso da CACB defende mais atitude dos empresários nas soluções dos problemas



Fotos: Itamar Aguiar

 Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) vai discutir o “Brasil de Soluções” em seu 23º Congresso

“Os empresários precisam assumir suas posições, se integrar aos movimentos de mudança e ir à luta por um Brasil maior, mais justo, mais ético e com ferramentas para seu desenvolvimento”, afirmou o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, na abertura do 23º Congresso da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, nesta quinta-feira (12), em Porto de Galinhas.

No auditório lotado do Hotel Summerville, o presidente da CACB defendeu, diante de cerca de mil empreendedores de 26 Estados, a necessidade de avançar ainda mais, com mudanças nos diversos setores da vida brasileira. Mais adiante, Cairoli destacou as medidas que estão sendo promovidas pelo governo federal em busca da competitividade. E acrescentou: “Os movimentos de rua que surpreenderam o Brasil servem como um sinal de alerta, um indicador de que é preciso mudar, adotar uma postura ética mais firme e estabelecer uma política desenvolvimentista com qualidade e ferramentas para o crescimento”, enfatizou.

Presente na abertura, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que o Brasil reclama nas ruas, empresas, campos e cidades por estabilidade de regras, por marcos legais para animar investidores. Disse aos empresários que não há outro caminho que não a prática política.”Não tem como limpar a política falando mal dela e sim fazer a mudança olhando para ela”, concluiu.

O presidente da CACB enfatizou que é preciso modernizar as gestões públicas, adotar uma postura ética em todos os níveis da administração federal, estadual e municipal e continuar a fazer as mudanças na previdência e saúde e melhorar drasticamente a qualidade da educação pública, principalmente nos níveis mais elementares, “pois esse é o segredo das nações mais desenvolvidas e que mais crescem”. Também apontou a necessidade de uma reforma política, “não para desfazer tudo o que construímos, mas para aprimorarmos a qualidade da nossa representação e aumentar as condições de fiscalização dos representados sobre os representantes.”

Realizado no nordeste do Brasil, para promover a integração empresarial, o 23º Congresso da CACB focou o tema Brasil de Soluções, proposto com o intuito de refletir sobre as reformas que o País precisa para avançar, juntamente com o papel do empreendedor e das pequenas e micro empresas no crescimento do mercado brasileiro.

O presidente da CACB salientou que não basta entender o movimento das ruas. “É preciso se integrar a ele”. Acrescentou que também é urgente que os empresários mudem de atitude sendo mais participativos na vida política e econômica do País  lutando pelos seus pleitos com ética e determinação. “Precisamos dar um basta na terceirização de nossos interesses incentivando nossos governadores e prefeitos de gerir as soluções para os problemas da sua comunidade”.

Cairoli destacou que o caminho para exercer a representação de seus interesses é a associação voluntária e espontânea. “É ela que nos dá a liberdade de criticar sem receio, ou de aplaudir e apoiar sem constrangimentos. Sabemos da nossa responsabilidade perante o País. Nosso setor, composto na sua imensa maioria por micro e pequenas empresas, é o maior gerador de empregos. Por isso, ela deve ser cada vez mais defendida e estimulada”. Ao concluir, Cairoli destacou que o Congresso da CACB se constitui “num momento de fortalecimento e união, onde se geram propostas para um grande futuro, de prosperidade, renda, ética e emprego, para todos os brasileiros”.