quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Modelo de produção santa-cruzense é destaque no Estadão
Segredo está na produção rápida e na criatividade
SANTA CRUZ DO
CAPIBARIBE – O que diferencia o polo de confecções
do agreste pernambucano? Empresários e representantes de associações comerciais
locais e instituições ligadas ao setor têm a mesma resposta: a criatividade e a
rapidez da produção local – o que na região se convencionou chamar de “fast
fashion”.
O
fato de muitas empresas serem familiares permite a rapidez, sem alto custo. Ao
mesmo tempo, muitas empresas têm o próprio sistema de transporte, o que garante
economia de tempo na entrega, avalia Silvio Oliveira, representante do Sebrae-PE,
parceiro do polo.
“A
região oferece a facilidade de se ter um produto hoje, outro amanhã,
acompanhando tendências”, observa Arnaldo Xavier, da Rota do Mar, o maior
empregador da região, cuja meta é ser a maior e melhor empresa de moda surfe e
“street wear” do País. São 576 funcionários, R$ 35 milhões de faturamento
anual, cinco lojas – duas em Santa Cruz, uma em Toritama e duas em Caruaru –
onde comercializa 80% da produção de 150 mil peças ao mês. Os outros 20% são vendidos
por representantes em outros Estados – de São Paulo ao Amazonas.
A
Rota do Mar participa de duas feiras internacionais – Paris e Madri – sem perder
foco no mercado regional, que exige preço em conta. A grife se diz antenada com
a moda nacional e internacional.
Também
dá exemplo ao adotar uso exclusivo de sacola oxibiodegradável, que se decompõe em
oito meses.
Xavier
destaca que, ao contrário de muitas marcas que engessam coleções, no agreste pernambucano
há facilidade para oferecer novidades sempre. “Isso atrai público.” Segundo
ele, se não se cria produto novo, os compradores podem perder o interesse.
Prazo de entrega. Em 1998, em Santa Cruz
do Capibaribe, um cliente da confecção Joggofi pediu, com urgência, a confecção
de 600 peças. Eram 14 horas. O responsável pela empresa, o ex-bancário José Gomes
Filho, comprou o tecido, cortou, mandou bordar, providenciou a costura e às 17
horas do dia seguinte entregou a mercadoria. “Isso continua a acontecer, muitas
bordadeiras trabalham à noite”, explica o empresário, que depois de 15 anos de
sucesso na área, somente agora vai começar a usar cartão de crédito nas vendas.
Sua empresa tem 42 funcionários, fabrica entre 80 e 100 mil peças por mês e tem
faturamento mensal de R$ 700 mil.
Em
contrapartida, a falta de capacitação de mão de obra e de empresários, a escassez
de mão de obra, a duplicação ainda não concluída de um pequeno trecho da BR-104
ligando Caruaru a Santa Cruz são alguns dos desafios do polo. A dificuldade de
mão de obra se contrapõe ao orgulho do “desemprego zero” nas cidades de Santa
Cruz do Capibaribe e Toritama. O maior fantasma, porém, é o concorrente chinês,
que já fez estrago. Toritama vivia do calçado, há cerca de três décadas. Perdeu
terreno para o mercado chinês.
Diante
do insucesso com os calçados e da percepção de que Santa Cruz do Capibaribe começava
a se dar bem com a produção de confecção, a cidade começou a investir em
produção têxtil. Como tinha máquinas pesadas para produzir calçados, decidiu
investir em jeans. O menor município do Estado – com 37 mil habitantes – fica
com praticamente o dobro da população durante o dia, quando pessoas de cidades
vizinhas vão para Toritama para trabalhar, conta Kléber Barbosa, da Associação Comercial
e Industrial local.
Angela Lacerda
O Estado de S. Paulo
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Verão 2013 - Calças se destacam entre as tendências
Entre shorts e saias, ela é o destaque da vez. Materiais, modelagens, cores e estampas se encarregam de atualizar a peça. Conheça as calças que não podem faltar no seu guarda-roupa.
1. De sarja, Farm,
2. De sarja, Colcci,
3. De seda, Mixed,
1. De couro, Lia Souza,
2. De couro, Daslu,
3. De couro, Bob Store,
4. De couro, Etoiles,
1. De algodão, Wonder,
2. De seda e viscose, Artezi,
3. De algodão, Renner,
4.De algodão, Zeit,
1. De renda, Ateen,
2. De couro, Colcci,
3. De couro com metais, Toule,
4. De sarja leve com tule, Giuliana Romanno,
1. De paetês, AHA,
2. De couro metalizado, Mary Zaide,
1. De renda, Cavalera,
2. De crepe, Giovanna Parizzi,
As calças apareceram nos desfiles da Balmain, Valentino, Roberto Cavalli, Isabel Marant e Unique.
O floral também deu as caras no desfile de 3.1 Phillip Lim
1. De sarja, Farm,
2. De sarja, Colcci,
3. De seda, Mixed,
O comprimento cropped é o grande hit da temporada e aparece em calças de couro leve, apropriado para o calor.
1. De couro, Lia Souza,
2. De couro, Daslu,
3. De couro, Bob Store,
4. De couro, Etoiles,
Vá do casual ao formal com as calças de algodão, de acordo com os acessórios.
1. De algodão, Wonder,
2. De seda e viscose, Artezi,
3. De algodão, Renner,
4.De algodão, Zeit,
Paetês, renda... Invista em um detalhe especial e leve a calça a um evento glam.
1. De renda, Ateen,
2. De couro, Colcci,
3. De couro com metais, Toule,
4. De sarja leve com tule, Giuliana Romanno,
O detalhe transparente na calça Cristiano Burani é sexy e nada óbvio. Bom para usar à noite com uma parte de cima que cubra a região dos quadris.
1. De paetês, AHA,
2. De couro metalizado, Mary Zaide,
Pratique
a regra do mais é menos. Para adotar esta calça de Roberto Cavalli, troque
o top com renda por um modelo clean, sem excessos.
1. De renda, Cavalera,
2. De crepe, Giovanna Parizzi,
Autora: Carolina Machado - Edição: MdeMulher
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Varejo de vestuário desacelera e segue o PIB
O
varejo de vestuário crescerá mais próximo do desempenho do PIB em 2013, após
alguns anos em que teve expansão consideravelmente superior à do principal
indicador da economia. Projeção do Instituto de Marketing Industrial (Iemi)
mostra crescimento de 3,1% em número de peças este ano, para pouco mais de 7
bilhões. Em faturamento, haverá alta de 5,3%, para quase R$ 170 bilhões, abaixo
dos 7,6% registrados em 2012.
Marcelo
Villin do Prado, diretor do Iemi, não vê grandes movimentos para ampliar a área
de vendas das lojas neste ano. "Ao que tudo indica, o crescimento do
varejo de superfície [grandes magazines] será mais comedido a partir de agora.
Em grande parte, porque a base de comparação está maior, após a expansão dos
últimos anos".
Apesar
do desempenho positivo, o ano de 2012 não foi fácil para o varejo de vestuário.
As redes entraram em janeiro com estoques elevados e, ao longo do ano,
acirraram a concorrência em preços, comprimindo a rentabilidade. O inverno
pouco rigoroso acarretou desacertos de mix e, posteriormente, mais promoções.
Diante
disso, a Lojas Marisa já colocou como prioridade para 2013 a recuperação da sua
margem bruta, que ficou abaixo dos níveis históricos este ano. A ideia é ganhar
1,5 ponto percentual no indicador no prazo de 12 meses.
Em
nome da eficiência operacional, a Restoque, dona da Le Lis Blanc, anunciou que
vai pisar no freio. A empresa dobrou sua área de vendas em 2012, alcançando
mais de 210 lojas. Mas o ritmo acelerado de expansão acabou comprometendo as
margens, uma vez que as novas lojas e marcas da Restoque ainda não alcançaram
todo o seu potencial de vendas. Em 2013, a Restoque pretende abrir entre 35 e
40 lojas, incluindo todas as suas bandeiras - Le Lis Blanc, Noir, Le Lis, Le
Lis Blanc Beauté, John John e Bo. Bô.
Em
recente relatório sobre o setor de varejo, o HSBC diz que a administração da
Hering "continua cautelosa" a respeito da perspectiva para
crescimento de receita e indicou novamente que os dias de crescimento
significativo não se repetirão.
Embora
não revele quantas lojas pretende abrir em 2013, a C&A informa que deve
manter o "mesmo ritmo acelerado" de 2012, quando foram inauguradas 25
unidades e reformadas outras seis. A empresa diz que vai chegar a dez novas
cidades e a um novo Estado, gerando mais de dois mil empregos diretos. A
varejista pretende reinaugurar mais de 15 lojas. No total, a C&A tem 230
lojas no país.
Do
lado da indústria de vestuário, 2013 será um pouco melhor do que 2012, prevê o
Iemi, em parte devido ao câmbio mais favorável. O crescimento em número de
peças deve ficar em 2%. O faturamento cresceria 5,5%.
A
indústria nacional de vestuário não tem acompanhado o crescimento da economia
de 2009 para cá e perdeu espaço para os importados. Em 2012 o setor fabricou 6
bilhões de peças, uma queda de 5,5% sobre 2011, e faturou R$ 90,7 bilhões, alta
de 2,5%. "Os preços na fábrica tiveram que ser reajustados para fazer
frente ao aumento dos custos de produção", disse Prado, do Iemi, para quem
2012 foi um dos piores anos para a indústria de vestuário no país.
Autor:
Marina Falcão | De São Paulo
Valor
Econômico - 08/01/2013
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