sábado, 18 de agosto de 2012

Setor têxtil brasileiro investe para ser competitivo no mercado mundial

(Foto: FÁBIO L.S. CERCHIARI)

Incentivo à pesquisa, qualificação de mão-de-obra e intercâmbio cultural com grandes centros, em especial com a China, são os principais pontos para colocar o setor têxtil brasileiro em condições de competitividade no mercado mundial.

A invasão asiática não deve ser vista como elemento inibidor e sim como incentivador para a busca de soluções comerciais. A recomendação é de Hélvio Roberto Pompeo Madeira, presidente da Fcem, empresa responsável pela 13ª Febratex (Feira Brasileira para a Indústria Têxtil), realizada na última semana, no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC).

Para o presidente da Fcem, o mercado têxtil brasileiro conseguiu ultrapassar o cenário adverso verificado em 2011, quando o setor ficou praticamente estagnado. Após afirmar que "hoje já se pode vislumbrar uma situação mais favorável", defendeu a procura por centros universitários dentro do próprio país que permitam o desenvolvimento de projetos que deem condições produtivas mais competitivas. Como exemplo, citou a região Nordeste, que já representa 40% do setor de impressão digital em tecidos no Brasil.

Para justificar ainda mais a adoção de políticas desenvolvimentistas para o setor têxtil, necessárias à conquista de novos mercados, Madeira informou que 99% da produção brasileira vão diretamente para o consumo interno. Mas mostrou-se preocupado com o fato de que 90% das máquinas em uso são importadas. "Torna-se necessária uma maior integração entre as empresas e os centros acadêmicos para o desenvolvimento de projetos e aprimoramento profissional", ressaltou.

Fonte: Monitor Digital