terça-feira, 21 de agosto de 2012

Projeções para a Indústria Têxtil


A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) apresentou o Estudo Prospectivo do Setor Têxtil e Confecção, trabalho que discute as principais tendências para o segmento, tendo em vista os elementos que vão influenciar o crescimento da oferta e demanda nos próximos 15 anos. 

De acordo com o estudo, o cruzamento com outras cadeias introduz novos mercados mais ricos e intensos em tecnologia. Reduz-se o mercado de roupas tradicionais, ganham-se mercados de roupas de alta tecnologia associadas à indústria de comunicação e do entretenimento.

Inovações radicais na base da cadeia, em fibras e compósitos fibrosos, por exemplo, introduzem novos desafios para os designers. Mas, sobretudo, introduzem novos desafios para profissionais que trabalham na fabricação de produtos fiados e tecidos, e na montagem de produtos confeccionados.

A utilização de insumos de outras cadeias, como sensores e atuadores eletrônicos, e de filamentos fotônicos, por exemplo, gera complexidades inéditas para a montagem de uma peça de roupa, desde a sua concepção até a sua efetiva fabricação.

As costureiras de outrora deverão ser capazes de operar máquinas diferentes em processos de montagem que envolve outras competências, diversas daquelas que já vêm sendo exigidas de trabalhadores manuais. Portanto, que tipo de emprego o setor está se preparando para suprir no futuro?

Com relação à preocupação com o atendimento do mercado interno, ainda assim devemos olhar para fora. Na cadeia de valor global de Têxtil e Confecção, observa-se, continuamente, a dissipação conceitual do que é e do que não é um produto têxtil.

Abre-se, dessa forma, o mercado interno para a importação de produtos que não encontram similares nacionais – produzidos, por exemplo, por novos entrantes globais, sem qualquer tradição no setor –, e anula-se de vez as iniciativas de empreendedores defasados no uso de ferramentas tecnológicas.

Fonte: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)