SÃO
PAULO - Prejudicada pelo câmbio e pelas medidas de proteção ao mercado local do
governo argentino, a Vicunha Têxtil viu seu lucro líquido no primeiro trimestre
cair para R$ 11 milhões, ante os R$ 23 milhões registrados no mesmo período do
ano passado.
Segundo
informou hoje a empresa, a receita somou R$ 251,3 milhões, sendo que um ano
antes marcava R$ 253,3 milhões. “Tradicionalmente no mercado têxtil o primeiro
e o quarto trimestres do ano são períodos de queda na demanda, quando
comparados com o segundo e o terceiro trimestres”, afirmou a companhia.
Além
disso, a empresa cita as dificuldades das exportações para o mercado argentino.
Para
limitar essas perdas, a Vicunha afirmou que está priorizando os investimentos
para aumento, modernização e flexibilização da produção das unidades adquiridas
em San Juan, na Argentina. O valor da aquisição e dos investimentos somam US$
60 milhões.
A maior
produtora brasileira de índigo e brins exerceu no ano passado a opção de compra
das ações do grupo argentino Ullum, que controla as empresas Tintoreria Ullum,
Tejeduria Galícia e Tejeduria Panamá.
No
Brasil a companhia destacou o projeto de modernização das fábricas do Nordeste, com investimento total
estimado de R$ 430 milhões. Nos últimos dois anos foram desembolsados R$ 168
milhões, enquanto para este ano estão previstos desembolsos de R$ 157 milhões.
A
Vicunha ainda planeja a construção de uma nova fábrica, em Mato Grosso do Sul,
que exigirá investimentos de R$ 350 milhões ao longo de dez anos.
Fonte: Valor Econômico