Fonte: CACB
O volume de vendas do comércio varejista do país e a receita nominal
não apresentaram variação em outubro, na comparação com o mês anterior,
ambos dados com ajuste sazonal, segundo divulgou, nesta terça-feira
(13), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em
setembro, as vendas do comércio varejista haviam crescido 0,6%. De
acordo com o IBGE, esse resultado interrompe uma sequência de 20 meses
de resultados positivos da série da receita nominal.
Em relação a outubro do ano passado, o volume de vendas no varejo teve
alta de 4,3% e a receita nominal, de 8,8%. No acumulado no ano, o
aumento nas vendas é de 6,7% e da receita nominal, de 11,8%. Em 12
meses, o volume de vendas cresceu 7,3% e a receita, 12,4%.
No terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira também não
mostrou crescimento nem recuo, ficando estável na comparação com os três
meses anteriores. O setor de serviços, que costumava puxar o PIB para
cima, caiu 0,3% - influenciado, principalmente, pela queda dos
desempenhos do comércio, outros serviços e serviços de informação.
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Vendas no varejo voltam a crescer em setembro, aponta IBGEEconomia
brasileira fica estável no 3º trimestre de 2011, mostra IBGEEm outubro,
quatro atividades apresentaram resultados positivos, com destaque para
equipamentos e material para escritório, informática e comunicação
(3,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria (2,7%), e seis mostraram
recuo, como artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos (-1,8%) e veículos e motos, partes e peças (-2,8%).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, das oito atividades
pesquisadas, seis registraram aumento no volume de vendas. As maiores
altas foram verificadas em equipamentos e materiais para escritório,
informática e comunicação (28,8%) e móveis e eletrodomésticos (13,3%).
Na contramão, combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e tecidos, vestuário e
calçados (-2,2%) tiveram queda nas venda.
Móveis e eletrodomésticos exerceu o maior impacto na formação da taxa
do varejo (54%), segundo o IBGE. "Esse resultado é atribuído à
manutenção do crédito, à redução de preços dos eletroeletrônicos, e à
trajetória positiva da massa de rendimentos real habitual dos
assalariados", disse o instituto, por meio de nota.
Nas regiões
De acordo com o IBGE, na comparação com outubro do ano anterior, o
volume de vendas aumentou em 24 unidades da federação, com destaque para
Tocantins (15,7%), Paraíba (10,3%) e Ceará (8,2%). No entanto, no mesmo
período, houve recuos no Acre (-2,5%) e em Sergipe (-2,3%).
Já na comparação com setembro, 14 dos 27 estados mostraram aumento nas
vendas. As principais influências positivas partiram de Mato Grosso do
sul (3,7%), Distrito Federal (1,6%) e Minas Gerais (0,9%). Na contramão,
registraram queda nas vendas os comércios de Roraima (-5,4%), Acre
(-4,8%), Alagoas (-1,6%) e Rio de Janeiro (-1,2%).