segunda-feira, 25 de julho de 2011

Déficit do setor é de U$ 2,26 bilhões

Fonte: O Confeccionista

Na abertura da Première Brasil (Edição Outono/ Inverno 2012), no dia 20 de julho, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) apresentou os números do semestre. O resultado não é nada animador, após mais um recorde de déficit na balança e ver a produção física encolher quase 12%, de acordo com a última pesquisa do IBGE. O presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho, pediu urgência na implantação das medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff para fortalecer o setor têxtil e de confecção. “Não há tempo a perder. Já deixamos de gerar 63% de empregos, comparando-se com ano passado” alerta o presidente. 

Panorama do Setor (janeiro – junho/2011)
Balança Comercial – de janeiro a junho deste ano, o crescimento do déficit na balança comercial do setor têxtil e de confecção foi de 43,2% (excluída a fibra de algodão), em relação ao mesmo período de 2010. As importações cresceram 31,7% e somaram US$ 2,966 bilhões, e as exportações tiveram um tímido aumento: 4,7%, chegando a US$ 706,3 milhões. O déficit acumulado de janeiro a junho de 2011 é de US$ 2,26 bilhões (excluída a fibra de algodão).
Produção Física – segundo dados do IBGE, de janeiro a maio de 2011, a produção da indústria de vestuário e confecção recuou 0,3%, enquanto que o segmento têxtil teve queda de 11,9% na produção. Já o varejo, seguiu crescendo na ordem de 6,86%. Essa diferença entre produção e vendas mostra o avanço dos importados nas prateleiras.
Emprego – o saldo na geração de empregos de janeiro até maio deste ano está em 16 mil novos postos de trabalho, 63% menor que no mesmo período do ano passado, quando já tinham sido criadas 45 mil vagas.

Perfil do Setor
O Setor Têxtil e de Confecção brasileiro é o quinto maior do mundo, reunindo mais de 30 mil empresas que empregam 1,7 milhão de pessoas diretamente. Em 2010, o faturou US$ 52 bilhões, mas amargou um déficit de US$ 3,5 bilhões. É o segundo maior produtor de denim, o quinto de malharia. Produz 9 bilhões de peças de confecção. São mais de 100 escolas de formação profissional para o setor, dentre faculdades de moda, de engenharia têxtil, técnicos têxteis, costureiras, modelistas e outros profissionais. Auto sustentável na cadeia do algodão com 1,7 milhão de toneladas, das quais 1 milhão será consumido no mercado interno (safra 2011).