HELTON
SIMÕES GOMES
DE SÃO PAULO
O
governo começará em agosto a conduzir um programa para ajudar empresas médias a
elaborar planos de inovação (estratégias para desenvolver novas áreas de negócio
e novos produtos).
As
primeiras a participar serão confecções de uniformes e de tecidos profissionais
e fabricantes de balas e chocolates. Já há negociação para estender a outros
setores --o mais adiantado é o de máquinas para a indústria sucroalcooleira.
Ao
todo, participarão 32 do setor de confecções e 25 da área de balas e
chocolates.
Segundo
Caetano Ulharuzo, especialista em projetos da ABDI (Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial), órgão responsável pela condução da iniciativa, os
setores serão os precursores porque precisam reinventar a forma como seus
produtos são consumidos atualmente.
Um
tem que criar doces que tragam algum benefício à saúde, para fugir do
patrulhamento da geração saúde e atingir outros públicos, como idosos e diabéticos.
O
outro tem que desenvolver novos tecidos que possam ser utilizados em roupas
casuais. "Desenvolvendo esse segmento, podemos impulsionar toda a
indústria têxtil", avalia Ulharuzo.
Segundo
ele, já há tecnologia empregada em roupas profissionais que poderia ser
incorporada à moda casual. É o caso das fibras antichamas e antieletricidade
estática usadas pela Petrobras.
Para
se reinventar, as empresas terão que ampliar seu raio de atuação. Novos ramos
serão um dos conteúdos obrigatórios do programa, que também vai incluir formas
de produção e negociação de tecnologia (royalties, licenciamento e venda de
patentes) e fontes privadas e públicas para financiar projetos inovadores.
Além
desse módulo, haverá consultoria customizada para sanar as falhas em inovação
de cada empresa.
O
programa dura 15 meses e a participação é gratuita.
Ainda
há vagas. Os interessados devem entrar em contato com as associações
industriais Abit (têxtil e confecções) e Abicab (chocolates, balas e amendoim).
A
seleção dos participantes será feita pela ABDI.
Fonte: Folha de S.Paulo