terça-feira, 29 de setembro de 2015

Seminário de Moda do Agreste da Fiepe fortalece empresas do Polo de Confecções


O “Seminário de Moda do Agreste: Tendências, Comportamento e Consumo" realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), em Caruaru, serviu de inspiração para profissionais do Polo de Confecções do Agreste pensarem à frente da recessão econômica. Os palestrantes apontaram para o investimento em criatividade, talento, qualidade de produto e identidade como saídas para superar o momento de instabilidade. A plateia interagiu com os convidados através de perguntas sobre estratégias que aumentem a competitividade da região nos cenários nacional e internacional.


O primeiro a subir ao palco foi o fundador da empresa Cobra D’água, Lucas Izoton. A marca tem 25 anos de êxito no mercado, está presente em todo o território brasileiro, com 150 escritórios de representação e 120 mil clientes lojistas. O empresário apresentou o case de sucesso e comentou sobre a importância de missão, valores, diretrizes e estratégias de gestão bem definidas. “Sou um empreendedor que gosta de inovar e compartilhar o que deu certo e o que não deu também. Os problemas econômicos ainda vão permanecer por um tempo, é preciso ultrapassá-los e retirar todo o aprendizado deste período. Nós fazemos o tamanho da crise, sejam otimistas e trabalhem muito. Tenham em mente que as empresas devem melhorar a qualidade de vida das pessoas sejam funcionários, parceiros ou fornecedores”, enfatizou.


Em seguida, a consultora em Desenvolvimento e Adequação de Produtos e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) Geni Rodio avaliou a realidade da moda nacional, destacando os pontos fortes dos polos têxteis, e internacional. Cultura da empresa, conhecimento da própria vocação, manias que viram moda, perfil do comprador, ponto de venda e coleção ideal também foram assuntos da palestra. “Nosso país é privilegiado por contar com polos que têm uma cadeia produtiva tão completa, desde o fio até o produto na vitrine. O produto é a parte fundamental de uma empresa e precisa atender todas as necessidades do consumidor. O Brasil é um país desejado, referência em cultura e estilo, nós precisamos investir mais nisso. Não existe a possibilidade de crescimento sem pensar no mundo lá fora".

Encerrando a noite, o renomado estilista Ronaldo Fraga apresentou uma amostra de seu trabalho através de vídeos e comentários sobre o desfile “A Fúria da Sereia”, da edição Verão 2016 do São Paulo Fashion Week (SPFW), e a coleção “Carneseca”, da edição Inverno 2014 também do SPFW. “Todo o profissional de moda que pensa o Brasil precisa conhecer Caruaru. Eu adoro esse lugar! Sobre a recessão, mais do que nunca é importante investir em autoralidade, porque, nesta fase, é antieconômico todo mundo usar a mesma cor da estação, a mesma forma, beber na mesma fonte e o que tem acontecido é isso, por instabilidade e pelo medo, as marcas estão todas se inspirando em produtos do Fast Fashion. O Fast Fashion tem uma estrutura que grande parte das pequenos e médias, que são a maioria das empresas daqui, não tem fôlego para acompanhar. É momento de autoralidade, de indentidade, de reforçar o DNA de marca”, assegurou Fraga.

Fonte: Assessoria