Fonte: CACB
Um modelo de sucesso adotado, inicialmente, para fortalecer pequenos
negócios brasileiros está se espalhando pelo mundo. Os projetos
Empreender e Capacitar são os pilares das ações de cooperação técnica da
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)
desenvolvida com mais de 10 países. A experiência é dos exemplos da
atuação do setor privado com cooperação internacional expostos no
seminário Diálogo público-privado sobre a cooperação técnica brasileira,
realizado hoje (22) em Brasília, pela CACB e Agência Brasileira de
Cooperação (ABC).
O trabalho da CACB nesse campo começou há 20 anos, em princípio, para
desenvolver associações comerciais e micro e pequenos empreendimentos de
Santa Catarina em parceria com a Câmara de Artes e Ofício de Munique
(Alemanha). A base do projeto foi a implantação de núcleos setoriais que
implicam a reunião de empresários do mesmo segmento como padaria,
farmácia e móveis, para oferecer consultoria e qualificação. O resultado
é a gestão adequada das empresas, geração de renda e fortalecimento dos
empreendimentos por meio do associativismo. Os núcleos fazem parte do
programa Empreender, da CACB.
Parcerias com outras entidades como o Sebrae, Câmara de Artes e Ofícios
de Essen, também alemã e mais recentemente, em 2009, com o Centro de
Formação de Profissionais das Associações Empresariais da Baviera (BFZ)
ampliaram essa atuação em cooperação internacional. As ações de
capacitação de empresários de pequeno porte e de associações comerciais
já foram adotadas em países, como México, Moçambique, Guatemala, Chile,
Colômbia, África do Sul, entre outros.
“Um programa que foi estadualizado, nacionalizado e depois
internacionalizado mostra que temos uma metodologia que pode servir de
referência para outros países. Há consultores e empresários que
estiveram nesses países se emocionaram com a falta de estrutura de
nações que precisam de apoio como é o caso de Moçambique”, relatou o
vice-presidente para Micro e Pequena empresa da CACB, Luiz Carlos
Furtado Neves.
O trabalho continua com a renovação da parceria com a BFZ, assinada,
nesta quinta-feira (22), durante o seminário. O convênio terá a duração
de três anos e 700 mil euros para difundir o modelo dos núcleos
setoriais em países da África e América Latina.